Parir aqui, parir acolá

Várias autarquias, nomeadamente de Elvas, estão contra o fecho das maternidades determinado pelo governo, alegadamente por razões de segurança. Em Elvas, subiu de tom o discurso nacionalista primário: ser tuga ou espanhol por nascimento?

É interessante este discurso, numa altura em que se caminha para uma União Europeia supra-fronteiras: ser cidadão de um Estado-membro, é certo, mas sobretudo ser cidadão da União, europeu. Aliás, nada que não seja já conhecido: Grã-Bretanha, Alemanha, CEI, Estados Unidos, Brasil, Venezuela, Indía, só para citar alguns dos mais conhecidos exemplos...

No caso de Elvas, o 'socialite' Cláudio Ramos pôs o dedo na ferida, a que ninguém se tem atrevido a dar resposta: no caso da cidade em questão, afinal e antes do encerramento da maternidade local, quantas portuguesas elvenses é que foram já parir ao 'lado de lá'; e quantas pariram do 'lado de cá'?

E, já agora, porque não um retrato social das paturientes portuguesas/elvenses de um lado e outro? E de caminho, cruzar essas informações com as de relevo e estatuto social dos promotores dos protestos?...

Iam-se ver conclusões interessantes. Iam-se, iam-se...