É roubar vilanagem!!!

Na última quinta-feira responsáveis da Caixa-Geral de Depósitos, do Banco Espírito Santo e do Banco Santander/Totta defenderam a introdução de uma taxa de cobrança por operação com cartão multibanco aos seus utentes (isto é a quem lhes confia o seu dinheiro).

Curiosamente, em 2005:
O Banco Comercial Português lucrou 753,5 milhões de euros, mais 24% que no ano anterior.
O Banco Santander/Totta lucrou 340,2 milhões de euros, mais 27% que em 2004
O Banco Espírito Santo lucrou 280,5 milhões de euros, mais 85% que no exercício anterior
O Banco Português de Investimento lucrou 251 milhões de euros, mais 57 %.
O resultado líquido (lucros puros) dos quatro maiores bancos privados portugueses foi de 1.625 milhões de euros (mil seiscentos e vinte cinco milhões) em 2005, revelando uma média de crescimento na ordem de mais 48% que em 2004.

Mais curiosamente ainda:

Quando o banco nos 'dá' um cartão multibanco, pagamos uma anuidade superior a 50 euros pela sua simples posse, quer o utilizemos, quer não.
Cada comerciante ou entidade que receba pagamentos com o cartão multibanco paga uma taxa por cada operação efectuada. Uma taxa que embora não seja conhecida, não deve ser tão pequena assim, já que muitos comerciantes só aceitam os pagamentos multibanco acima de um determinado valor, que já vi entre os 5 e os 30 euros.
Nos bancos a automatização de operações via multibanco: desde levantar dinheiro a fazer pagamentos, transferências bancárias e inclusive depósitos tem levado a uma maior redução de custos de operações, nomeadamente por maior velocidade, donde menos tempo dispendido em cada operação, e com mão-de-obra, o factor que determina maiores custos nas empresas.

Mais: os custos de operações com cheques são, por cada um, muito superiores que ao uso do 'dinheiro electrónico'. Contas que os bancos nunca explicaram de forma transparente...

Olhando tudo isto e a desmedida ambição dos patrões dos bancos que parecem esquecer que se existem é porque nós metemos lá o nosso dinheiro e as nossas poupanças, quase apetece dizer: não tenho pena nenhuma dos bancos que são assaltados, porque, como diz o povo: 'Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão!'