TGV de barrete saloio
O Governo aprovou, com a pompa e circunstância que nos são permitidas a nós pobretanas, as duas linhas de Alta Velocidade ferroviária, vulgo TGV.
Há cerca de 17 anos que conheço muito bem a experiência do TGV, quer por ter andado nas duas versões que na época existiam, quer, por motivos profissionais, ter realizado um dossier sobre o tema e ter tido contacto com a estratégia e planos europeus para a rede de TGV na União Europeia. Já nessa altura vi os planos do traçado da linha Lisboa/Madrid/Paris, afinal o que vingou mesmo, depois de não sei quantos alegados estudos e polémicas - o que significa que as coisas desde o início já estavam definidas e tudo isto não foi mais que folclore de protagonismo de autarcas e nacionalistas de pacotilha... Como Bruxelas, hoje em dia é quem verdadeiramente manda, este é assunto arrumado e não se fala mais disso.
Resta, então, a mirabolante ideia da ligação Lisboa/Porto por TGV. E digo mirambolante porque:
A velocidade prevista para esta linha que vai custar na ordem dos 4 mil milhões de euros é, no máximo de 300 km/h e a distância entre as duas cidades é sensivelmente a mesma. Esta viagem está prevista durar cerca de 1h30, o que significa uma velocidade média de 200 km/h, na realidade, e não os 300 km/h com que acenaram aos papalvos de serviço.
Ora, para circular a 200 km/h já temos o Alfa Pendular, capaz de fazer uma velocidade de ponta de 240 km/h. Por falta da adaptação adequada das linhas ferroviárias, estes compoios, comprados há anos a peso de oiro, estão sub-aproveitados e circulam apenas à velocidade máxima de 180 km/h...
Mas temos ainda mais: um comboio como o TGV foi desenhado para ser optimizado em ligações entre os 400 e 600 km de distância, concorrencial com o avião. No Lisboa/Porto, vai circular numa distância da ordem dos 300 km. Com cinco paragens: Ota (embora indirecta); Leiria; Coimbra; Aveiro e Porto. Ou seja, grosso modo, de meia em meia hora estará a brandar e a parar...
Portanto, o que temos? Apenas que a linha da TGV Lisboa/Porto vai custar 4 mil milhões de euros, fora o preço dos comboios em si, para se poupar 12 minutos... Não será um bocado caro? Quando a alternativa: remodelação da linha existente para potenciar os Alfa-Pendular custa quatro a cinco vezes menos? O sector da construção civil especializada em obras públicas, já esfrega as mãos de contente, com sorriso velhaco ao canto da boca... Venham os BMW's, Audi's e Mercedes....
Há cerca de 17 anos que conheço muito bem a experiência do TGV, quer por ter andado nas duas versões que na época existiam, quer, por motivos profissionais, ter realizado um dossier sobre o tema e ter tido contacto com a estratégia e planos europeus para a rede de TGV na União Europeia. Já nessa altura vi os planos do traçado da linha Lisboa/Madrid/Paris, afinal o que vingou mesmo, depois de não sei quantos alegados estudos e polémicas - o que significa que as coisas desde o início já estavam definidas e tudo isto não foi mais que folclore de protagonismo de autarcas e nacionalistas de pacotilha... Como Bruxelas, hoje em dia é quem verdadeiramente manda, este é assunto arrumado e não se fala mais disso.
Resta, então, a mirabolante ideia da ligação Lisboa/Porto por TGV. E digo mirambolante porque:
A velocidade prevista para esta linha que vai custar na ordem dos 4 mil milhões de euros é, no máximo de 300 km/h e a distância entre as duas cidades é sensivelmente a mesma. Esta viagem está prevista durar cerca de 1h30, o que significa uma velocidade média de 200 km/h, na realidade, e não os 300 km/h com que acenaram aos papalvos de serviço.
Ora, para circular a 200 km/h já temos o Alfa Pendular, capaz de fazer uma velocidade de ponta de 240 km/h. Por falta da adaptação adequada das linhas ferroviárias, estes compoios, comprados há anos a peso de oiro, estão sub-aproveitados e circulam apenas à velocidade máxima de 180 km/h...
Mas temos ainda mais: um comboio como o TGV foi desenhado para ser optimizado em ligações entre os 400 e 600 km de distância, concorrencial com o avião. No Lisboa/Porto, vai circular numa distância da ordem dos 300 km. Com cinco paragens: Ota (embora indirecta); Leiria; Coimbra; Aveiro e Porto. Ou seja, grosso modo, de meia em meia hora estará a brandar e a parar...
Portanto, o que temos? Apenas que a linha da TGV Lisboa/Porto vai custar 4 mil milhões de euros, fora o preço dos comboios em si, para se poupar 12 minutos... Não será um bocado caro? Quando a alternativa: remodelação da linha existente para potenciar os Alfa-Pendular custa quatro a cinco vezes menos? O sector da construção civil especializada em obras públicas, já esfrega as mãos de contente, com sorriso velhaco ao canto da boca... Venham os BMW's, Audi's e Mercedes....
2 Comments:
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neste post cometem-se algumas imprecisões que gostava de salientar:
1º o que Apostol referiu de ter visto há 17 anos foi a ideia de uma rede europeia de comboio de alta velocidade. Sim, porque isto não foi um capricho do guterres, durão ou socrates.
2º na comparação de velocidades está a comparar-se a velocidade média do tgv com a velocidade de ponta do pendular que são completamente diferentes.
3º A ligação porto lisboa apesar de ter 5 paragens não quer dizer que pare em todas, em todas as viagens. Concerteza que haverá viagens porto-lisboa directas ou até Porto-Lisboa-Madrid ou até mesmo chegando a Paris. O que como diz e bem, não vai substituir o comboio mas sim o avião. Vai ligar Portugal á europa, o que para um pais periférico como somos, é de extrema importância.
4º Pelos dois pontos anteriores os 12 minutos de diferença entre o pendular e o tgv já serão um tempo considerável.
5º A linha do Norte já foi alvo de uma forte intervenção de melhoramento e ainda vai continuar por vários anos mas uma coisa ela não se safa: trafego.
A linha do norte está saturada com pendulares, intercidades, alfas, regionais, etc, em comparação é como se continuassemos a circular na N1 em vez da A1
Em Espanha, O TGV toma outras dimensões, está a criar-se uma rede de ligação de todas as cidades principais a Madrid. E ninguem pôe em questão os valores do investimento, se para aqui ou acolá, nem se deve ou não construir-se. Faz-se e fala-se menos. Aqui toda a gente percebe de TGV e toda a gente manda bitaites.
Agora não me interpretem como um defensor incondicional do TGV, penso que se deve fazer com o minimo custo e o máximo de proveito para os utilizadores.
E mais não digo...
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