sábado, março 10, 2007

Qual era a ideia?


Há pouco mais de dois anos, no governo PSD liderado por Santana Lopes, Portugal de forma atabalhoada enviou o primeiro e único embaixador para Bagdad pós-Saddam: Francisco Falcão Machado. O representante português partiu às pressas, com o objectivo de chegar à capital iraquiana, antes da realização das eleições naquele país. Só chegaria a Bagdad no último avião antes do aeroporto da cidade fechar. Depois entraria o recolher obrigatório. Como as luminárias do Governo português se 'esqueceram' de avisar os americanos para providenciarem transporte blindado (em carro de assalto, não em limusine) entre o aeroporto e a cidade, o que sucederia é que o embaixador português ficaria retido num dos alvos preferenciais, num período extremamente crítico. Ou seja, havia fortes possibilidades de ser elegantemente assassinado...

O actual Governo do engenheiro Sócrates, depois de fazer as contas ao que custava a manutenção da nossa embaixada no Iraque e do nosso embaixador ter escapado a três atentados, decidiu o encerramento da missão diplomática portuguesa e o regresso imediato do embaixador. Curiosamente, logo a bancada do PSD levantou vozes a pedir um inquérito ao acto. Será que o PSD queria manter lá o dito embaixador até que ele fosse finalmente assassinado?

Tudo é muito estranho, não é? Qual é, afinal, a ideia dos sociais-democratas? Porque é que o dito embaixador os incomoda tanto?