Gangs, guerrilhas e financeiras - um mesmo método

(Foto roubada carinhosamente e com todo o descaramento e gentileza a www.deolhonopoder.blogger.com.br)

As investigações da Polícia Federal brasileira vieram a descobrir que parte do produto do roubo do Banco Central de Fortaleza em Agosto de 2005, financiou a onda de rebelião, quer nas cadeias, quer nas ruas, organizada recentemente pelo Primeiro Comando da Capital, em São Paulo e de que resultaram 187 mortos.

Segundo a Polícia, dos 164,8 milhões de reais roubados então, a organização de malfeitores ficou com 50 milhões (17,5 milhões de euros).

O roubo de Fortaleza, que foi o maior na história do Brasil, foi feito por um grupo entre 10 a 20 homens, que cavaram um túnel de 80 metros, a partir de uma falsa loja de jardinagem e conseguiram entrar na caixa-forte do banco, no centro da cidade. Hoje sabe-se, também, que o dinheiro, colocado em sacos de cereais, foi simplesmente enviado num voo comercial para São Paulo.

Desde 2004, o Primeiro Comando da Capital organizou ou participou directamente em cerca de 20 por cento dos roubos de valores e dos 4.266 roubos de carga nas estradas do Brasil.

Igualmente, os rendimentos do bando aumentaram com o tráfico de drogas na capital económica do Brasil.

Segundo a Polícia Federal, a especialização da organização criminosa neste tipo de ilícitos aumentou os seus ganhos em cerca de 1 milhão de reais por mês (350 mil euros).