Professores? Não obrigado!

Na edição de 31 de Dezembro do Correio da Manhã ( http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=186445&idCanal=10 ) dá-se conta de que os Museus portugueses estão sem professores, porque os docentes com horário zero não aderiram à medida dos ministérios da Cultura e da Educação. Dos três mil professores em condições de concorrer às 216 vagas abertas, apenas concorreram algumas centenas e as válidas não deverão preencher os lugares. 'De tudo apareceu nos gabinetes dos directores [dos Museus]: curriculos mal elaborados, outros não assinados e muitos com erros ortográficos ou com auto-elogios', escreve o jornalista, citando, de seguida um director de museu: 'Devia-se aprender a fazer curriculos na escola e a saber interpretar as regras'.
Pois. Tudo isto é motivo para reflexão.
Primeiro, há professores que querem é o 'tacho' das aulas e não trabalhar decentemente em projectos educativos alternativos. Que direito têm em reclamar?
Segundo, há professores que não fazem a mínima ideia do que andam a fazer e do que lhe foi solicitado. Concorreram fantasiosamente, possivelmente na esperança de algum milagre da Virgem de Fátima.
Terceiro, pelos vistos, há professores a quem entregar a educação dos nossos filhos é um verdadeiro desaprender. Se eles escrevem com erros ortográficos, como podem ensinar o que não sabem?
Será tudo apenas culpa do sistema? Ou a demissão pura e simples da responsabilidade de ser-se bom profissional, de se esforçar por progredir e de ter cuidado no que se faz?
É para se dizer: professores? Não obrigado!